Exame de DNA-HPV substituirá papanicolau no SUS

O exame de DNA-HPV substituirá o papanicolau no Sistema Único de Saúde (SUS) como principal método de rastreamento do câncer de colo do útero.

Essa mudança, anunciada em março de 2025, é um dos temas mais atuais e relevantes da saúde pública e tem grande chance de aparecer nas provas de residência médica deste ano.

Neste artigo, você vai entender os principais pontos sobre essa atualização nas diretrizes do INCA e como isso impacta o SUS, a prevenção de câncer e a prática médica.

A seguir, você vai saber:

O que muda com a substituição do papanicolau pelo dna-hpv

O teste molecular de DNA-HPV passa a ser o novo padrão para rastreamento do câncer do colo do útero. Enquanto o papanicolau detecta alterações celulares causadas pelo vírus, o teste de DNA-HPV identifica diretamente a presença do papilomavírus humano, mesmo antes das lesões aparecerem.

Vantagens do teste de dna-hpv

Maior sensibilidade para detecção precoce do HPV de alto risco;
Capacidade de identificar os subtipos oncogênicos, como HPV 16 e 18;
Redução do intervalo entre exames: de 3 anos (papanicolau) para 5 anos (DNA-HPV) em mulheres com resultado negativo;
Maior eficácia em mulheres com mais de 30 anos.

Faixa etária e frequência recomendadas

Segundo informações iniciais, a nova diretriz estabelece que o exame de DNA-HPV será indicado para mulheres de 25 a 49 anos, com intervalo de 5 anos entre os testes, desde que o resultado seja negativo para HPV. O exame será realizado preferencialmente na coleta convencional com escova cervical, e os laboratórios utilizarão metodologias validadas para detecção viral.

Cenário epidemiológico: por que essa mudança é tão importante

O câncer de colo do útero é o terceiro tipo mais frequente entre mulheres no Brasil, com cerca de 17 mil novos casos ao ano. A maioria desses casos está associada a infecções persistentes por tipos oncogênicos de HPV. O uso de um teste mais sensível e específico melhora a detecção precoce e permite intervenções antes que as lesões avancem.

Aprovado pelas comissões de diretrizes clínicas, o exame aguarda apenas validação final do ministério da saúde

O processo de substituição do papanicolau pelo teste de DNA-HPV faz parte das novas diretrizes de rastreamento do câncer de colo do útero, apresentadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) em março de 2025.

As orientações já foram aprovadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e pela Comissão de Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.

No momento, aguarda-se apenas a avaliação final da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde para que as novas regras entrem em vigor.

Impacto na saúde pública e na prevenção do câncer

Com a introdução do DNA-HPV no SUS, espera-se:

Maior efetividade na prevenção do câncer cervical;
Redução da incidência de casos avançados;
Melhor alocação de recursos públicos com menor necessidade de exames repetidos;
Integração do rastreamento com a vacinação contra HPV.

A organização da rede de saúde e a capacitação dos profissionais da APS serão essenciais para a implantação efetiva dessa mudança.

Como isso pode cair na prova de residência

Questões sobre rastreamento do câncer de colo uterino com comparação entre papanicolau e DNA-HPV;
Temas de saúde pública: atualizações do SUS, diretrizes do INCA e prevenção do câncer;
Aplicabilidade clínica: interpretação de resultados e condutas frente a testes positivos ou negativos;
Integração com vacinação e educação em saúde.

Resumo para revisão final

O teste de DNA-HPV substituirá o papanicolau no SUS para rastreamento do câncer de colo do útero;
Intervalo de 5 anos entre exames com resultado negativo;
Mais sensível e eficaz que o papanicolau;
Grande chance de cair como tema atual em provas de residência.

Conclusão

Para os estudantes que estão se preparando para as provas de residência médica, é fundamental compreender as atualizações das diretrizes do SUS, especialmente em temas de rastreamento e prevenção.

O exame de DNA-HPV é um exemplo claro de como a inovação tecnológica pode aprimorar o cuidado à saúde da mulher e, ao mesmo tempo, ser assunto certo nas bancas. Inclua esse tema no seu cronograma de revisão!

Fonte: Medicina Atual