Especialização em Nefrologia: como funciona e o que esperar

A especialização em Nefrologia é formada de profissionais dedicados às doenças do sistema urinário, principalmente doenças relacionadas ao rim.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia explica que o tempo estimado para se tornar um profissional desta área é dividido em seis anos do curso de graduação, dois anos de residência médica ou estágio em clínica médica e mais dois anos de residência ou estágio na especialidade de nefrologia.
E, segundo a SNB, é comum as pessoas confundirem as diferenças entre nefrologia e urologia, até porque são páreas que se complementam. Afinal, a Nefrologia é a especialidade médica que trata dos problemas clínicos dos rins e a Urologia é a especialidade cirúrgica que lida com o trato urinário.
Em resumo, é possível dizer que quando não há necessidade de cirurgia, quando os tratamentos para doenças clínicas do sistema renal podem ser tratadas com medicamentos, o médico indicado para o tratamento é o nefrologista.
A seguir, você vai saber:
Como é a Especialização em Nefrologia?
A especialização em Nefrologia é uma especialização médica voltada para o diagnóstico e tratamento das doenças que afetam os rins e o sistema urinário. No Brasil, a formação tem duração de dois anos e pode ser acessada após a conclusão da residência em Clínica Médica, que é um pré-requisito obrigatório.
Durante a especialização, os médicos se aprofundam em temas como doenças renais crônicas, insuficiência renal aguda, glomerulopatias, hipertensão arterial, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos, além da nefrologia intervencionista. Além disso, há treinamento prático no manejo de diálise (hemodiálise e diálise peritoneal), transplante renal e acompanhamento de pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI).
A carga horária é intensa, com atividades teóricas e práticas em hospitais e clínicas especializadas. E o residente também participa de plantões, ambulatórios, enfermarias e procedimentos, além de discutir casos clínicos e realizar pesquisas científicas.
Ao concluir a especialização em nefrologia, o médico pode se submeter à prova de título da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN). Assim, terá o reconhecimento oficial como nefrologista, abrindo portas para atuação em hospitais, clínicas, ambulatórios, ensino e pesquisa.
Quais tipos de doença são tratados pelo nefrologista?
A principal doença tratada pelo nefrologista é a insuficiência renal, que ocorre quando o paciente tem as funções básicas realizadas pelos rins comprometidas. A insuficiência pode ser aguda, quando os rins deixam de funcionar adequadamente por algum tempo, em função de uma lesão, por exemplo, ou crônica, quando a perda das funções ocorre de maneira gradual e permanente.
Mas existem ainda outros tipos de doenças, cujo tratamentos ficam sob os cuidados do especialista em nefrologia. Complicações renais de doenças autoimunes, hipertensão arterial, infecção urinária, cálculo renal de repetição, além de alterações dos sais minerais do sangue e do metabolismo acidobásico, são algumas delas.
Outras funções na especialidade de nefrologia
Outras funções muito importantes do médico nefrologista são o acompanhamento e tratamento dos pacientes que, devido ao avançado estado de insuficiência renal, são obrigados a fazer hemodiálise e, ainda, os cuidados aos pacientes após a realização de um transplante renal.
A cirurgia do transplante é realizada pelo urologista, mas é o nefrologista que indica o transplante, prepara o paciente, escolhe o doador, em caso de doador vivo, e é responsável pelos cuidados no período pós-cirúrgico.
Entre as diversas atividades de um médico nefrologista, pode-se destacar:
- Prevenção de doenças renais;
- Prevenção de doenças renais;
- Diagnóstico e tratamento de hipertensão arterial (pressão alta);
- Diagnóstico e tratamento de infecções urinárias;
- Diagnóstico e tratamento de nefrites;
- Diagnóstico e tratamento de litíase renal (pedra nos rins);
- Diagnóstico e tratamento de doenças renais císticas;
- Diagnóstico e tratamento da doença renal crônica;
- Diagnóstico e tratamento da lesão renal aguda;
- Hemodiálise;
- Diálise peritoneal;
- Transplante renal.
Doenças assintomáticas dificultam diagnóstico precoce
Os poucos sintomas que as doenças renais apresentam em suas fases iniciais dificulta o diagnóstico e tratamento precoces, fatores fundamentais para a cura ou maior qualidade de vida do paciente.
Por isso, quando o trabalho o nefrologista é realizado logo no início do desenvolvimento das doenças renais, isso é revertido em resultados primordiais para a saúde e o bem-estar do paciente como controle da pressão arterial, diminuição de doenças associadas à falência renal e da perda de função renal ao longo dos anos – dependendo do caso, é possível controlar a doença e eliminar a necessidade de hemodiálise.
E o primordial, maior chance de cura, caso a causa da insuficiência renal tenha tratamento.
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(Fonte: Sociedade Brasileira de Nefrologia / Reprodução)